segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

MUSEU VIVO DO ASSENTAMENTO SUMARÉ I

Das razões para continuar trabalhando e festejando a vida, a arte a memória: o livro Francisco Biojone, Lembranças - organizado por Fábio Luchiari.Tenho a honra de ter colaborado com esta publicação que visa apresentar a obra e trajetória pública deste artista que é muito querido e admirado por suas obras e pelas relações de afeto que construiu. Muito feliz.

domingo, 25 de dezembro de 2022

Dona Ruth, olhar doce


Ruth Santa Maria Fardin

MILTON NASCIMENTO, ultimo show - São Paulo, semtembro de 2022


 

NAIR BENEDICTO, EU CONTA DOR DE MIM

Eu conta-dor de mim - Depoimento de Nair Benedicto (documentário)

O vídeo documentário Eu conta-dor de mim- Depoimento de Nair Benedicto, dividido em quatro Episódios, é um relato pungente de uma mulher que viveu os horrores da ditadura civil militar, e que ao sair da prisão lutou contra a opressão do regime e pela construção de organizações populares de resistência. Tornou-se uma das importantes fotógrafas brasileiras.

Nair narra com detalhes o dia em que foi presa pela ditadura civil militar, as torturas que sofreu na passagem pelo DOPS e o período no cárcere do Presídio Tiradentes.

Seus depoimentos relembram o convívio com outras mulheres presas, as estratégias individuais e coletivas para sobreviver ao isolamento e as opressões do regime civil militar.

Ao ser perguntada se não se sente amedrontada em publicar esses relatos em tempos tão difíceis como os atuais, Nair responde: “Ter medo é parte da vida, eu tenho medo mas não o uso. Apesar do medo ser uma constante na vida de todos nós, nunca deixei de fazer nada que fosse importante e necessário, visando construir coletivamente um mundo melhor para todos.” 

Por que fazer esses vídeos hoje? Com 82 anos, e sobrevivendo mais uma vez a um feroz retrocesso da democracia, com  discursos de ódio e  de questionamentos dos direitos humanos, com apologia à tortura e ataques à legalização dos terriórios indígenas,  incentivo à devastação da Amazônia com liberação de territórios para o garimpo ilegal, aos planos de golpear a Constituição, as eleições e o Estado de Direito.

O que vivemos nesses últimos anos é a naturalização do comportamento execrável e violento, com a proliferação do consumo de armas, dos assassinatos diários da juventude pobre, com famílias inteiras morando nas ruas de quase todas as cidades brasileiras, e a FOME atingindo a maior parte da população.

É um convite ao NÃO ESQUECIMENTO,  À MANUTENÇÃO DOS ARQUIVOS DE MEMÓRIA. AO DEBATE.

Enfim, não compactuar com um fatídico 'SIGILO DE 100 ANOS'  para esconder todos os horrores que vêm sendo perpetrados à direitos duramente adquiridos. "NÓS, SOBREVIVENTES DO ÓDIO" como escreveu a jornalista Cristina Serra temos o dever da Verdade  e da Memória"

Os quatro episódios de Eu conta-dor de mim serão publicados no canal do youtube da fotógrafa, e como ela mesma afirma “podem ser material de debates em escolas, famílias, sindicatos e grupos diversos; para combater a ignorância e a mentira, o mais importante é sempre o debate”.

No primeiro episódio, Nair relata com detalhes o dia de sua prisão, as torturas que sofreu e como descobriu a solidariedade dos gestos mais simples , em meio aos demais presos que, como ela, foram sequestrados e violentados pelo regime civil militar.

Uma das principais mensagens do documentário é a sempre necessária ação de rever nossa história sem medos e sem ilusões, mas com muita esperança.




Ficha técnica - Roteiro: Nair Benedicto e Sônia Fardin; Câmera e Som: Frederic Breyton e Miguel Breyton; Montagem: Danielle Breyton, Nair Benedicto, Frederic Breyton e Miguel Breyton; Finalização: Frederic Breyton

Sinopse: Depoimentos da fotógrafa Nair Benedicto , divididos em 4 partes. Nair narra com detalhes o dia em que foi presa pela ditadura militar, as torturas que sofreu, a passagem pelo DOPS e o período no cárcere do Presídio Tiradentes. Seus depoimentos relembram o convívio com outras mulheres presas e as estratégias individuais e coletivas para sobreviver ao isolamento e as opressões do regime militar.
Ficha técnica - Roteiro: Nair Benedicto e Sônia Fardin; Câmera e Som: Frederic Breyton e Miguel Breyton; Montagem: Danielle Breyton, Nair Benedicto, Frederic Breyton e Miguel Breyton; Finalização: Frederic Breyton










 









HISTÓRIAS BRASILEIRAS, contribuição ao debate - Acervo João Zinclar


 

Retomadas: o debate continua, arte, memória e direitos na Unicamp

 17 de outubro de 2022

Foto Marília Fonseca – MST-SP

Por Lays Furtado
Da Página do MST - https://mst.org.br/2022/10/17/retomadas-o-debate-continua-arte-memoria-e-direitos-na-unicamp/



Na tarde do último dia 7 de outubro, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) sediou o seminário Retomadas: o debate, arte, memória e direitos. O evento ocorreu em parceria com a Assessoria de Cultura da Diretoria de Direitos Humanos da Unicamp, com o objetivo de debater as interações entre arte, memória e direitos humanos partindo dos processos acumulados pelo Núcleo Retomadas, em exposição no MASP até o final de outubro,  integrando a mostra Histórias Brasileiras.

O debate foi mediado pelo docente da Unicamp, Dr. Gilberto Alexandre Sobrinho; contando com a participação das curadoras do Núcleo Retomadas, Sandra Benites e Clarissa Diniz; além da presença de Jullyana de Souza e Lucimeire Barreto Rocha do Coletivo de Arquivo e Memória do MST; e Sônia Fardin, pesquisadora do Acervo João Zinclar.

A iniciativa em analisar a trajetória do Núcleo Retomadas nasceu a partir do episódio ocorrido em maio deste ano, quando o MASP (Museu de arte de São Paulo Assis Chateaubriand) vetou obras Edgar Kanako Xakriabá, do Acervo João Zinclar e do Coletivo de Arquivo e Memória do MST, integrantes do Núcleo.

A medida foi derrubada após o questionamento das curadoras do Núcleo frente a imposição do MASP e que impulsionou não só a realização da exposição, mas uma série de outras formas organizadas de resistência frente a tal episódio, instigando debates urgentes, como o que foi pautado durante o seminário Retomadas: o debate, arte, memória e direitos.

O seminário propiciou uma análise coletiva, assumindo o calor das discussões que versaram  sobre o papel da arte e da cultura nas lutas sociais e a importância da salvaguarda do legado e memória da história da classe trabalhadora, povos indígenas e sua diversidade, implodindo também as cercas das instituições, museus, entre outros espaços de poder que todavia serviram a elite brasileira.

Reunidas no Auditório Raízes do complexo da Unicamp, as participantes da mesa iniciaram o seminário com um pequeno resumo feito pelas curadoras fora a trajetória do Núcleo  Retomadas, que reúne documentos e obras que refletem acerca do processo de luta por territórios, sejam eles espaços, corpos, línguas, imagens acalorando relações entre representações e presença.

Vetos e a retomada do latifúndio das artes

Clarissa Diniz explica que todo esse processo político e pedagógico que aconteceu ao longo do Núcleo, gerou o aprofundamento do debate do papel da arte e sobre o engajamento que se trás com ela. Com isso, as reivindicações feitas pelas curadas para retomar o Retomadas – após os vetos feitos pelo museu, que voltaram atrás da decisão –  implicou uma série de garantias que foram cumpridas parcialmente pela instituição.

Entre as reivindicações aceitas pelo Masp, se incluíram as imagens vetadas do acervo selecionado pelo Núcleo, a distribuição gratuita de cartazes com as imagens do Retomadas, gratuidade de acesso à exposição às quintas-feiras enquanto houver a mostra, e a retirada da cláusula dos direitos patrimoniais do museu sobre as obras, assumindo a partir de então  propriedade copyleft.

Apesar dos pedidos acatados pela instituição, a reivindicação não aceita pelo museu foi sobre a realização de uma publicação acerca dos processos que ocorreram em resistência aos vetos, e os desdobramentos deste debate no campo das artes. Como alternativa, as curadoras emplacaram uma campanha de financiamento coletivo, aberta via site catarse e disponível para doações até o próximo dia 9 de novembro. Tendo alcançado a meta de contribuições, a publicação será feita pela Expressão Popular, editora vinculada ao MST.

Questionada sobre a relação entre os vetos e as reflexões sobre o trabalho da curadoria nas artes – em contraponto ao que se vislumbra enquanto um trabalho glamouroso na esfera artística – Clarissa afirmou que “a institucionalidade da arte é violência”. E que diante das interdições impostas pelo Masp, “recuar era não perpetuar essa violência”, declarou, mencionando também que o papel da curadoria é também “atribuição de sentido do que a arte pode fazer, arte como território, arte enquanto alianças de sentidos coletivos, sociais”.

Foto: Marília Fonseca – MST-SP

Para a curadora Sandra Benites, o que esteve em jogo sobre o retrato das Histórias Brasileiras, tema central da exposição da qual integra o Núcleo Retomadas – na mostra do Masp sobre o marco dos 200 anos da Independência do Brasil – “não é só a memória do passado, mas pro futuro. A sociedade Juruá [branca], não indígena não entende isso, principalmente as instituições”.

Sobre a resistência aos vetos, Sandra menciona que “foi preciso ter coragem, foi muito difícil pra mim, eu fiquei deprimida, mas eu tive que me reerguer de novo”. Afirmando que entrou como curadora pela mesma razão em que se rejeitou a aceitar os vetos do Masp, “A gente vem combatendo esse silenciamento, enquanto corpo racializado, como mulher, indígena. Me vi enquanto uma mulher silenciada e isso levou a gente a tomar coragem, não sabíamos que isso iria dar repercussão. Como eu já venho de luta, eu carrego esse corpo coletivo, e fui pela maioria, enquanto indigena”.

Para Benites seria uma traição aceitar a retirada das obras da mostra, que romperia o sentido coletivo entre representatividade e presença. Como a primeira curadora indígena do museu, menciona que “a ideia de inserir ou de inclusão não é apenas trazer pessoas para esse espaço pra dizer que tá ocupando. Na verdade, quando a gente ocupa esses espaços a gente modifica eles também”.

E reforça o sentido sobre a importância dessa memória e discutir a complexidade desses corpos que a integram, “é importante a gente entender a diversidade”. Destacando também a relevância do entendimento coletivo “do que é arte e como moldar ela para as próximas gerações”.

Acervos populares, herança da história da classe trabalhadora

As imagens vetadas da exposição Histórias Brasileiras do Masp, em sua grande parte pertencem a acervos populares, entre eles o Acervo do MST e Acervo João Zinclar, com fotos que o fotógrafo João Zinclar realizou em vivências com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Além da foto de Edgar Kanaykõ, sobre o retrato de uma mulher indígena em protesto, segurando um cartaz onde se lê o pedido de “Justiça Histórica”.

Foto de Edgar Kanaykõ, uma das que chegou a ser vetada pelo Masp

As pesquisadoras de acervos presentes na mesa, e que contribuíram com a seleção de artigos que foram vetados pelo museu, ressaltaram a importância de tais acervos populares para a preservação da história da classe trabalhadora. Bem como ressaltaram as dificuldades de se empenhar tal tarefa diante de tantos desafios para que se mantenha a longo prazo, a preservação dessas memórias.

Lucimeire Barreto Rocha, que é historiadora e integra o Coletivo de Arquivo e Memória do MST, contou sobre sua trajetória no Movimento que iniciou desde sua infância, enquanto “cria do MST”, e que passou a contribuir com a salvaguarda da memória da organização a partir de 2018, aliando esforços em conjunto com o Coletivo que foi criado a partir de 2014, e que segue com um compromisso histórico de reunir, catalogar e preservar a memória de quase quatro décadas do Movimento.

A militante e pesquisadora Lucimeire, também conhecida como Meire, reafirmou que o MST tem “o objetivo a luta pela terra, mas não só”, e que o Movimento se dedica também aos cuidados de sua memória e cultura. Assim como tece frentes empenhadas em seus territórios pela educação, saúde, comunicação, produção, comunicação, entre outras, “não é só ocupação”, contou durante sua exposição na mesa.

Meire também ressaltou a importância do Movimento ocupar os espaços das artes que todavia foram vitrines da elite brasileira, como aconteceu no Masp. E lembrou também da ocupação artística feita este ano pelo Coletivo de Cultura do MST no Theatro Municipal de São Paulo, com participação na Ópera Café – de Felipe Senna, a obra parte de um libreto de Mário de Andrade adaptado por Sérgio de Carvalho.

Outra pesquisadora, historiadora e militante do MST presente na mesa, Jullyana de Souza, esteve envolvida desde o início do Coletivo de Arquivo e Memória do Movimento, explicou as formas organizativas pelas quais o Coletivo se debruça, e dimensiona os desafios dessa tarefa que contempla os cuidados de um acervo privado de pelos menos 20 mil fotografias, 500 caixas de documentos e mais de 600 cartazes – fora os acervos descentralizados que existem em várias partes do país onde os Sem Terra estão presentes.

Jullyana explica que esta frente da memória do Movimento se inscreve também na dimensão dos processos políticos da salvaguarda da história da classe trabalhadora brasileira, e do MST em si que é um dos maiores movimentos sociais de trabalhadores/as organizados não só no Brasil, mas no mundo.

Foto Marília Fonseca – MST-SP

“O Movimento sempre teve a consciência histórica da importância de manter essa memória, que retoma outras lutas, é um debate político e material que a gente tem que fazer […] principalmente porque essas organizações estão sendo atacadas” – sinaliza Souza, frente à vários desafios, recurso, estrutura, identificação de fundo documental, entre outros.

“Queremos fazer uma rede de acervos populares, de coletivos, de sindicatos e buscar alternativas para nos dar condições de preservar nossa história, a gente precisa preservar a nossa história” – anunciou Jullyana, considerando que há um projeto em curso de “apagar a memória e história do povo brasileiro e classe trabalhadora de modo geral”. Inclusive citando que os lamentáveis episódios de destruição desses acervos, como o fogo no Museu Nacional no Rio de Janeiro e na Cinemateca em São Paulo, como reflexos disso.

Sônia Fardin, também historiadora e pesquisadora do Acervo João Zinclar, concordou com a necessidade dos coletivos dedicados à salvaguarda da história da classe trabalhadora encontrarem soluções em conjunto sobre a preservação destas histórias, apresentando o exemplo do portal Baobáxia. E lembrou que o trabalho do próprio João Zinclar – enquanto fotógrafo dedicado aos movimentos sociais – já trazia essa preocupação sobre que “imagens temos que construir para disputar politicamente a sociedade e disputar a revolução”.
























*Editado por Fernanda Alcântara


 

Sobre Sub Solo, exposição da artista Andrea Mende

Um dos trabalhos mais lindos que já tive a oportunidade de participar. Sobre Sub Solo, exposição da artista Andrea Mendes, é convite a deixar fluir tudo o que nos une e nos fortalece; como uma Pipa, que não reconhece fronteiras e se faz mais forte e mais altiva a cada sopro de vento.

É um convite também a refletir sobre o que nos constitui coletivamente como SER EM MOVIMENTO e impulsiona nossa capacidade de sonhar e lutar por liberdade para todes.
Uma grande emoção ser parte deste projeto em movimento.
Sobre Sub Solo foi realizada no Museu de Arte Contemporânea de Campinas entre 8 de junho e 30 de julho de 2022.


 FICHA TÉCNICA - Artista: Andrea Mendes, Curadoria: Sônia Fardin, Coordenação Educativa: Paula Pimenta, Educadores: Layla Xavier Silva, Poli Sales, Vive Almeida e Du Kiddy, Educadora convidada: Paula Monterrey, Acessibilidade: Bell Machado, Assessora de imprensa: Jessica Balbino, Mídias Sociais: Bruna Camargo. Designer Gráfico: Héllio Zulu, Fotografias: Andrea Mendes, Fabiana Ribeiro, Laedna Oliveira, Mikaela Balmaceda, Mirs Monstrengo e Sônia Fardin, Vídeos - direção: Andrea Mendes e Sônia Fardin, roteiro: Andrea Mendes e Sônia Fardin, produção: Daniel Almeida e Sônia Fardin, imagens: Andrea Mendes, Carlos Tavares, Laedna Oliveira, Mikaela Balmaceda, Mirs Monstrengo e Sônia Fardin, Projeto visual / gráfico: Agência Margem Cultural, Montagem: Pedro Américo e Alexandre Silveira, Revisor: Adriano Bueno, Produção Executiva: Katia Manfredi, Produção Artística: Thiago Moreira, Produção: Pretação Arte e Tomada Cultural, Realização: Governo do Estado de São Paulo 09 de Junho a 29 de Julho de 2022. Agradecimentos Comunidade de Bermudez, Equipe Residência Artística Comunitária, Comunidade da Matinha, Comunidade Monte Cristo, Comunidade Ilê Asé de Iansã, Ponto de Cultura Ibaô Casa de Cultura Tainã, Socializando Saberes, Fenix Pipas, Magrão Pipas, Vó Vanda, Rosinha Bessa, Orlando Mendes, Andressa Mendes, Graciela Mendes, Adriano Mendes, Doné Oyassy, Tata Kejessy, Lelê d ́Oxê, Pai Ogan Alex, Tia Lourdes Barbosa, Eliete Ferreira, Laedna Oliveira, Lilian Barbosa, Luana Barbosa, Roque Barbosa, Gabriel , Heloisa Maurinho, David Rosa, Gabriel Rapassi, Gloria Cunha, Juliana Siqueira, Mirs Monstrengo Carlos Tavares, Fabiana Ribeiro, Helenice Paiva, Talitha Roncolato, Tais Selva, Seo Chico Chiquinho, Silvana, Nilza, Denise Xavier e Subsolo Laboratório de Arte.

Noite especial de encontros de lutador@s por terra, arte e pão. @campanha_retomadas

Registro de uma ação maravilhosa do MST no MASP, fotografia realizada pela grande Nair Benedicto. 25 de agosto de 2022

 

Ato MST/Retomadas, no MASP - fotografias de Nair Benedicto

N Imagens - Nair Benedicto. Ato MST/Retomadas, no MASP - 25 de agosto de 2022


N Imagens - Nair Benedicto. Ato MST/Retomadas, no MASP - 25 de agosto de 2022




N Imagens - Nair Benedicto. Ato MST/Retomadas, no MASP - 25 de agosto de 2022


N Imagens - Nair Benedicto. Ato MST/Retomadas, no MASP - 25 de agosto de 2022


N Imagens - Nair Benedicto. Ato MST/Retomadas, no MASP - 25 de agosto de 2022


N Imagens - Nair Benedicto. Ato MST/Retomadas, no MASP - 25 de agosto de 2022


N Imagens - Nair Benedicto. Ato MST/Retomadas, no MASP - 25 de agosto de 2022

 
Canção da Terra é uma canção de autoria do trovador Pedro Munhoz 

Tudo aconteceu num certo dia
Hora de Ave Maria, o universo vi gerar
No princípio o verbo se fez fogo
Nem atlas tinha o globo
Mas tinha nome e o lugar
Era Terra, Terra
Terra, Terra
E fez o criador a natureza
Fez os campos e florestas
Fez os bichos, fez o mar
Fez por fim, então, a rebeldia
Que nos dá a garantia
Que nos leva a lutar
Pela Terra, Terra
Terra, Terra
Madre terra nossa esperança
Onde a vida dá seus frutos
O teu filho vem cantar
Ser e ter o sonho por inteiro
Ser sem-terra, ser guerreiro
Com a missão de semear
À Terra, Terra
Terra, Terra
Mas apesar de tudo isso
O latifúndio é feito um inço
Que precisa acabar
Romper as cercas da ignorância
Que produz a intolerância
Terra é de quem plantar
À Terra, Terra
Terra, Terra
Terra, Terra
Terra, Terra
Terra, Terra...

N Imagens - Nair Benedicto. Ato MST/Retomadas, no MASP - 25 de agosto de 2022